A infografia acima atualiza uma informação por demais conhecida, podendo até chegar a parecer algo requentada. Opto por a trazer aqui para sublinhar uma vez mais que, ao contrário do que continua a ser voz corrente, Portugal não é mesmo um país pequeno no contexto europeu. Com efeito, ocupamos o décimo-primeiro lugar no ranking populacional dos 27, contando assim com nada menos do que dezasseis parceiros abaixo da nossa posição. Dito de outro modo, para além dos “grandes” (Alemanha, França, Itália, Espanha e Polónia) ou “quase grandes” (Roménia e Holanda), a situação portuguesa é objetivamente a de uma potência média à escala europeia (a par de Bélgica, Chéquia, Suécia, Grécia, Hungria e Áustria e bem acima de países considerados ricos como a Dinamarca, a Finlândia ou a Irlanda, entre outros). Esta informação releva para vários efeitos, designadamente confrontar aqueles que justificam o nosso centralismo com a nossa pequenez. E não contende com outra dimensão habitualmente presente nos discursos reinantes, a de que, apesar de sermos tão pequeninos, somos afinal enormes e os melhores do mundo em muita coisa ― compulsivamente presos entre o complexo de inferioridade e a mania das grandezas, a nossa medida é quase sempre o exagero!
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