quarta-feira, 16 de maio de 2012

CADILHE ACUSA



Miguel Cadilhe foi ontem ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN. Exibiu segurança e convicção, mas não conseguiu evitar – como é seu timbre em matérias que o tocam de perto – mesclas variáveis de mal-estar, amargura, irritação e revolta.

Alguns registos a reter para futuras incursões:
·         “O ministro das Finanças e o governador do Banco de Portugal, na famigerada conferência de imprensa do dia 2 de novembro de 2008, enganaram o país quando argumentaram com o risco sistémico.” (…) “Não existiu nem existe estudo técnico de risco sistémico provocável pelo BPN, um banco com 2% de quota de mercado em 2008.”
·         “Também não estará apurada a responsabilidade pela situação a que o BPN nacionalizado chegou.” (…) “A lei da nacionalização do BPN também manda a Caixa gerir o BPN nacionalizado. Portanto o desempenho foi o que foi – foi mau.”
·         “As razões da manta de silêncio interessar ao Banco de Portugal, ao governador que falhou a supervisão e à sua equipa que falhou a supervisão anos a fio, é precisamente não haver alarido público sobre essa grave e demorada falha de supervisão, que teve sérias consequências para o País como a seguir se viu.”
·         “Eu estou a poupar as palavras, porque eu acho que isto pode pôr em causa a democracia…”

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