Miguel Cadilhe foi ontem ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN. Exibiu segurança e convicção, mas não conseguiu evitar – como é seu timbre em matérias que o tocam de perto – mesclas variáveis de mal-estar, amargura, irritação e revolta.
Alguns registos a reter para futuras incursões:
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“O
ministro das Finanças e o governador do Banco de Portugal, na famigerada
conferência de imprensa do dia 2 de novembro de 2008, enganaram o país quando
argumentaram com o risco sistémico.” (…) “Não existiu nem existe estudo técnico
de risco sistémico provocável pelo BPN, um banco com 2% de quota de mercado em
2008.”
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“Também não estará apurada a responsabilidade pela
situação a que o BPN nacionalizado chegou.” (…) “A lei da nacionalização do BPN
também manda a Caixa gerir o BPN nacionalizado. Portanto o desempenho foi o que
foi – foi mau.”
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“As razões da manta de silêncio interessar ao Banco de
Portugal, ao governador que falhou a supervisão e à sua equipa que falhou a
supervisão anos a fio, é precisamente não haver alarido público sobre essa
grave e demorada falha de supervisão, que teve sérias consequências para o País
como a seguir se viu.”
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“Eu estou a poupar as palavras, porque eu acho que
isto pode pôr em causa a democracia…”
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