quinta-feira, 17 de maio de 2012

QUASE…



Em “dia verdadeiramente histórico” – porque “para o Governo é muito simples: o País está primeiro!” –, “com uma determinação que não é muito comum no nosso País” – porque “nós não hesitamos um segundo contra interesses instalados ou ter de tomar posições difíceis” –, mostrando ao mundo que “nós, portugueses, somos diferentes porque em momentos de dificuldade sabemo-nos unir em prol do interesse nacional”, um Álvaro afirmativo e autoconfiante – comparem-se as fotos! – foi a estrela da tarde ao exibir triunfalmente um pacote de medidas para o setor elétrico, primeiro em conferência de imprensa à saída do Conselho de Ministros e subsequentemente numa apresentação ao Parlamento.

Esperarei por mais esclarecimentos e por análises devidamente fundamentadas para uma reflexão mais definitiva relativamente a um tema cujo quadro não deixa de apresentar contornos de sinal positivo. E não obstante o muito de substantivo que ficou a pairar sem qualquer questionamento, assim como a dolorosa inabilidade do discurso político de Álvaro – quem foi que já o caraterizou como “confrangedoramente tenrinho”? –, a abordagem pareceu encostar o PS às cordas. Apenas uma questão de sentimento de culpa?

Pena foi que, em outro dos raros dias de glória do seu consulado – cada um tem a glória que merece! –, o entusiasmo de Álvaro não tivesse chegado para disfarçar a ostentação de uma deficiente preparação escolar primária. Foi quando, por volta do minuto 3 e 20 segundos do vídeo disponível no sítio do Governo (http://www.portugal.gov.pt/pt/fotos-e-videos/videos/20120517-conselho-de-ministros.aspx), afirmou: “Todas estas poupanças irão permitir um corte nos custos do setor elétrico na ordem dos 1800 milhões de euros até 2020. Prevê-se que anualmente PODERÁ-SE fazer uma redução dos custos do sistema elétrico nacional entre 170 e 190 milhões de euros.”

Mas nada de grave. Porque afinal, e mais ou menos como diz o povo, “em dia de festival, ninguém leva a mal…”

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