Em “dia verdadeiramente histórico” – porque “para o Governo é muito simples: o País está primeiro!” –, “com uma determinação que não é muito comum no nosso País” – porque “nós não hesitamos um segundo contra interesses instalados ou ter de tomar posições difíceis” –, mostrando ao mundo que “nós, portugueses, somos diferentes porque em momentos de dificuldade sabemo-nos unir em prol do interesse nacional”, um Álvaro afirmativo e autoconfiante – comparem-se as fotos! – foi a estrela da tarde ao exibir triunfalmente um pacote de medidas para o setor elétrico, primeiro em conferência de imprensa à saída do Conselho de Ministros e subsequentemente numa apresentação ao Parlamento.
Esperarei por mais esclarecimentos e por análises devidamente
fundamentadas para uma reflexão mais definitiva relativamente a um tema cujo
quadro não deixa de apresentar contornos de sinal positivo. E não obstante o muito
de substantivo que ficou a pairar sem qualquer questionamento, assim como a dolorosa
inabilidade do discurso político de Álvaro – quem foi que já o caraterizou como
“confrangedoramente tenrinho”? –, a abordagem pareceu encostar o PS às cordas.
Apenas uma questão de sentimento de culpa?
Pena foi que, em outro dos raros dias de glória do seu consulado –
cada um tem a glória que merece! –, o entusiasmo de Álvaro não tivesse chegado
para disfarçar a ostentação de uma deficiente preparação escolar primária. Foi quando,
por volta do minuto 3 e 20 segundos do vídeo disponível no sítio do Governo (http://www.portugal.gov.pt/pt/fotos-e-videos/videos/20120517-conselho-de-ministros.aspx),
afirmou: “Todas estas poupanças irão permitir um corte nos custos do setor
elétrico na ordem dos 1800 milhões de euros até 2020. Prevê-se que anualmente PODERÁ-SE
fazer uma redução dos custos do sistema elétrico nacional entre 170 e 190
milhões de euros.”
Mas nada de grave. Porque afinal, e mais
ou menos como diz o povo, “em dia de festival, ninguém leva a mal…”
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