Ontem foi dia de apresentação pela Comissão Europeia das recomendações de política económica para cada um dos 27 membros da União Europeia, no âmbito do chamado "semestre europeu" e com base nos programas de estabilidade e convergência enviados por cada estado-membro.
No que nos diz respeito, coube ao inefável Ohli Rehn a função de dirigir a orquestra burocrática em conferência de imprensa. Assim falaram:
- Portugal está a progredir em várias frentes (nomeadamente, “ze Portugueze economyze is in fact experiencingue a quite goode export growze…”);
- os estados-membros devem tomar medidas para baixar os níveis inaceitavelmente elevados de desemprego jovem;
- é de importância crucial a adoção de reformas nos mercados do trabalho e de produtos, com vista a reduzir os custos do trabalho, aumentar a flexibilidade, reduzir as barreiras à entrada e acabar com os lucros excessivos;
- a duração máxima do subsídio de desemprego continua a ser longa demais;
- será necessário tomar medidas significativas adicionais para tornar sustentável a dívida crescente do sistema de eletricidade, através da correção dos lucros excessivos ligados à produção de energia;
- o Governo deve apresentar urgentemente um plano para o pagamento das dívidas em atraso das empresas do setor público e deve ir mais longe na reforma do financiamento local e regional.
Sempre atento, Álvaro veio de imediato à liça, queixando-se de que a Comissão Europeia não tomou em conta muitas das reformas já implementadas pelo Governo. Assim falou: “Nos últimos meses, o Governo português juntamente com os parceiros sociais não só assinaram o acordo de concertação social mas também trabalharam para implementar essas reformas que menciona. E, portanto, algumas das reformas que estão mencionadas nesse relatório já estão no terreno. E, portanto, obviamente, iremos ter um mercado de trabalho mais flexível, iremos flexibilizar a contratação, iremos dinamizar o mercado de trabalho para conseguir atrair e contratar cada vez mais jovens e cada vez mais pessoas e trabalhadores e combater a principal chaga social que existe neste momento, que é o desemprego.”
Já o JN de hoje é mais pragmático
e, sem rodriguinhos, vai direto ao assunto:
Sem comentários:
Enviar um comentário