No meio da vertigem de todas estas notícias sobre o caso
das secretas, ficou-me na memória um número que foi atirado para o ar, não me
recordo já de qual foi a fonte. 40000 euros seria alegadamente a remuneração na
Ongoing paga regularmente ao alegado
implicado no referido processo das secretas, em transição direta e sem período
de nojo destas últimas para aquela empresa.
Não pretendo engrossar o coro da inveja nacional quanto a
certas remunerações que circulam por aí. Falo do caso como um indicador do
valor de certa informação, simultaneamente ilegal e secreta, algo na linha do
que António Lobo Xavier falava ontem na Quadratura do Círculo como sendo uma “parábola”
do estado das coisas, diria eu estado de sítio, a que as relações entre os
grupos empresariais, a política e o Estado chegaram.
Mas politicamente nada se passa? Não posso crer. E o
quase silêncio do PS é mesmo ensurdecedor. Neste caso, uma pretensa postura de
Estado soa a choco.
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