Em correio eletrónico proveniente do Álvaro
Domingues, chegou-me este pequeno texto e esta fotografia que abre o post que não
resisto a reproduzir.
Não tenho a certeza, mas tudo indica
que sim, que o produto vem da pena sempre surpreendente do Álvaro, por vezes caótica,
mas única no nosso panorama das ideias.
Aqui vai:
“Estou aqui há que tempos com a
cabeça marrada contra este muro a pensar. Não se ouve o barulho do
contador da água nem da luz. Nunca foram ligados. Viemos aqui todas em rebanho
comprar casas. Foi um cão que nos trouxe; dizia que era pastor: cão pastor.
Estamos com a corda ao pescoço com os bancos e o sacana do construtor
desapareceu sem fazer as casas. Até já tenho a lã das tosquias dos próximos 20
anos empenhadas, 10 cordeiros e 200 litros de leite. Não me importo com o leite
e a lã. Vender filhos é que não. Agiotas! Agora tomamos conta deste terreno.
Quem quiser vir para aqui mandar bitaites terá que se haver connosco.
Resistiremos até à fase do ensopado.
A luta continua!”
Nos próximos tempos acho que não
vou comer cordeiro, borrego nem sequer cabrito.
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