Por falar em tomada de posse, recorro à infografia acima – com a devida vénia autoral ao “Le Monde” – para sintetizar a composição do novo governo francês e evidenciar algumas das escolhas feitas por Hollande e Ayrault. De entre as mais originais, um ministério da Recuperação (ou Reconstrução?) Produtiva, outro da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia, outro da Igualdade dos Territórios e Habitação e outro da Reforma do Estado, Descentralização e Função Pública. Acrescidos de ministros delegados (uma espécie de secretários de Estado) em áreas interessantes como o Sucesso Educativo, a Cidade, a Economia Social e Solidária, os Franceses do Exterior e a Francofonia ou as PMEs, Inovação e Economia Numérica. Persistem ademais algumas opções já tornadas tradicionais, como sejam o grande ministério da Economia, Finanças e Comércio Externo, os Assuntos Sociais e Saúde, o Trabalho, Emprego, Formação Profissional e Diálogo Social, a Cultura e Comunicação ou o Ensino Superior e Investigação.
Além
disso, e como sublinhava a primeira página do “Libération”, um governo que
respeita integralmente a paridade de género, que não discrimina raças, que
aposta na diversidade, que não exclui fações políticas (“à Martine Aubry près”)
e cuja primeira medida foi baixar os vencimentos dos primeiros responsáveis em
30% – jogando o jogo da demagogia, é certo, mas assumindo uma indiscutível
seriedade face a esse pressuposto de ajustamento aos tempos que correm. “La
France, malgré tout”…
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