terça-feira, 29 de maio de 2012
DA IRRESPONSABILIDADE
Não sei se Rio sabe do que está a falar quando diz (ver caixa assinalada na capa do JN de há três dias) admitir que “Passos não sabe o que se está a passar”. Nem isso talvez importe muito. Importa, isso sim, que o conselho de administração da Metro do Porto terminou mandato em dezembro de 2010 e continuava a aguardar que Álvaro – o autoproclamado grande reformador – se pronunciasse em nome de todos nós. Até que acabou por se decidir por uma renúncia coletiva ao cargo, tendo o presidente Ricardo Fonseca declarado: “naturalmente que se gera um clima de incerteza, de ansiedade, que é desgastante para as empresas e muito especialmente para os trabalhadores” – mas o que valem tais desabafos, em nome da eficiência e do respeito pelo próximo, perante a grandeza do que está em causa? Porque, afinal, “trata-se do interesse nacional”, “este é o tempo de reformar para garantir a independência económica”, “o ímpeto reformista dará bons frutos se soubermos persistir”, “todos têm de contribuir”, “os sacrifícios do presente não serão em vão”…
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