A cena repetiu-se ontem, com o programa a começar numa observação
deliciosa de Ricardo Araújo Pereira a uma das frases que por estes dias marcaram
a politiquice nacional: o ministro das Finanças respondendo a acusações que lhe
eram dirigidas na AR, pausadamente como só ele sabe, com um “eu não minto, eu
não engano, eu não ludibrio”.
Foi então assim: “Se uma pessoa diz ‘eu
não minto’, nós supomos que está a referir-se a todos os sinónimos da palavra
mentir. Quando uma pessoa diz ‘eu não minto, eu não engano, eu não ludibrio”’,
ou seja, quando a sinonímia não é completamente exaustiva, há uma margem para
perguntar: mas ele não disse que não endrominava, endrominará? Intrujará? Será
que aldraba?”. Elementar, meus caros…
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