Quando vi esta primeira página num jornal
espanhol destes dias, não consegui evitar mais uma rebobinagem desse filme
dramático que nos vai sendo projetado sem contemplações. Com Passos no alegado papel
de ator principal – ou será apenas o idiota útil? –, Gaspar como importante ator
secundário e as duplas Relvas/Marco António e Catroga/Borges como figurantes pontualmente
relevantes.
Em 2011, foi a traição – por ligeireza, inconsciência,
ignorância, atração pelo poder ou mera encomenda –, importando pouco procurar o
maior de vários Migueis de Vasconcelos. Em 2012 foi a mentira, com Setembro a marcar
uma viragem em dois tempos: a completa descredibilização do governo e do
primeiro-ministro a 7, a inédita manifetação de revolta de todo um povo a 15.
(Paulo Buchinho, http://expresso.sapo.pt)
(André Carrilho, http://www.dn.pt)
As ilustrações de alguns jornais do
último fim de semana apontam sinais díspares de esperança quanto ao futuro (ver
acima dois excelentes exemplos). E se pessoalmente, ao contrário do António
Figueiredo, me animo com a perspetiva de uma passagem de ano entre amigos, estou
com ele ao também não vislumbrar razões para grandes otimismos – não querendo repetir a
vinheta de El Roto (“para a frente não há futuro, só há tempo”), resigno-me à hipótese de “saída
de tudo isto” pressagiada por Erlich. Mesmo gostando do 13…