segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A VERDADE SEGUNDO PASSOS


Eis o que disse Passos na Quarta-Feira: “Nós temos uma Constituição, como sabe, que trata o esforço do lado da educação de uma forma diferente do do lado da saúde. Isso dá-nos aqui alguma margem de liberdade na área da educação para poder ter um sistema de financiamento mais repartido entre os cidadãos e a parte fiscal direta que é assegurada pelo Estado.”

O País foi assim posto a discutir a ideia e a sua viabilidade constitucional. E o ministro da Educação, numa lógica de controlo dos danos, logo veio negar que o Governo estivesse a ponderar pôr em causa a gratuitidade do ensino obrigatório. Esse era o ponto da situação à entrada do fim de semana, como bem mostrava a principal notícia de capa do “Diário Económico” de Sexta-Feira.

Mas, não satisfeito com esta tendencial acalmia, Passos resolveu vir novamente a terreiro fazendo passar para o “Diário de Notícias” de hoje a sua alegadamente genuina perspetiva de que o financiamento de que falava era dos “45 cêntimos pagos por disciplina no secundário”. Ao mesmo tempo que declarava, a partir de Cabo Verde, que houve uma “interpretação abusiva” e que “não é possível, em termos de ensino obrigatório, criar taxas dessa natureza”.

Trapalhada, no mínimo!

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