quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ÓSCAR NIEMEYER

(William Medeiros, http://www.toonpool.com)

Fidel desabafafou um dia: “só restam dois comunistas: Niemeyer e eu”. Esta noite ficou ainda mais só: Óscar Niemeyer morreu no Rio de Janeiro aos 104 anos.

A “coerência radical” desse fascinante “inventor de cidades”, no seu ódio ao capitalismo como “opressor de povos” e ao ângulo recto como “opressor do espaço”, fê-lo recusar a relevância da obra: “o mais importante não é a arquitectura, mas a vida, os amigos e este mundo injusto que devemos mudar”.

E também disse: “Às vezes, o passado aparece, e recordo os meus irmãos, os amigos já perdidos para sempre, e então uma tristeza mansa e silenciosa invade-me. Outras vezes o que irrompe é a miséria do mundo, essa miséria imensa que os mais ricos aceitam, indiferentes.”

Um enorme bem-haja!

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