(William Medeiros, http://www.toonpool.com)
Fidel desabafafou um dia: “só restam
dois comunistas: Niemeyer e eu”. Esta noite ficou ainda mais só: Óscar Niemeyer
morreu no Rio de Janeiro aos 104 anos.
A “coerência radical” desse fascinante
“inventor de cidades”, no seu ódio ao capitalismo como “opressor de povos” e ao
ângulo recto como “opressor do espaço”, fê-lo recusar a relevância da obra: “o
mais importante não é a arquitectura, mas a vida, os amigos e este mundo
injusto que devemos mudar”.
E também disse: “Às vezes, o passado
aparece, e recordo os meus irmãos, os amigos já perdidos para sempre, e então
uma tristeza mansa e silenciosa invade-me. Outras vezes o que irrompe é a
miséria do mundo, essa miséria imensa que os mais ricos aceitam, indiferentes.”
Um enorme bem-haja!
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