Incontroláveis, os tumultos multiplicam-se por essa Europa fora. Nos sítios mais prováveis ou nos mais improváveis, com pretextos explicáveis e quase sempre menores ou sem causas evidentes, dominantemente contidos na revolta ou violentos na expressão do desespero.
Se pouco havia de comum, nomeadamente, entre Paris, Londres, Atenas e Madrid – abaixo invocadas em sugestivos cartunes, respetivamente publicados em http://www.parool.nl (Joep Bertrams),http://natchobox.blogspot.com, http://www.guardian.co.uk (Kipper Williams) e http://elpais.com (El Roto) –, que dizer dos muito recentes e estranhos casos de Estocolmo e Istambul?
É a mesma substância inflamável que ateia todos estes fogos ou são diversas? Até que limites poderão ir as imprevisibilidades que repentinamente nos envolvem? Releve-se-me a falta de originalidade de recordar Bertolt Brecht – “Do rio que tudo arrasta / se diz que é violento. / Mas ninguém diz violentas / as margens que o comprimem.” –, mas ainda não encontrei quem melhor colocasse o dedo na ferida. Cuidado, muito cuidado…
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