Uma síntese perfeita da questão que emerge desse “Colosso Brasil” em que se vai consolidando a angustiante ideia de um impasse que se instala!
Citemos, muito a propósito, o editorial da “Veja” que traz a data de hoje. Começa assim: “As manifestações de rua da semana passada mostraram de modo inequívoco que estão quebrados os canais de comunicação de imensa porção da sociedade portuguesa com as instituições que deveriam representá-la.” E termina deste modo: “Os brasileiros que estão indo às ruas não admitem mais ser usados como massa de manobra por partidos e políticos profissionais. Alguns exibiram cartazes com dizeres anarquistas, como o que proclamava que ‘o povo unido não precisa de partido’. A primeira reação é lembrar a total inviabilidade de um modelo político em que o poder é exercido diretamente pelas ruas. Isso leva ao caos, e este à miséria moral e económica. Mas, neste momento, o imperativo é ouvir as ruas e esperar que essa energia pura seja canalizada para a construção de instituições mais representativas dos anseios populares legítimos. O erro fatal agora é fechar os ouvidos. É temer o novo.”
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