A recente publicação pelo INE das “Estatísticas de População Residente em Portugal” abre oportunidade a quatro bem sintomáticos tipos de considerações:
· a essencial racionalidade dos comportamentos individuais subjacentes à evolução dos números da emigração e da imigração ao longo das duas últimas décadas, muito em linha com as perspetivas que iam sendo antecipadas para a situação económica do País;
· a clara tendência para um novo recrudescimento do fenómeno da emigração portuguesa, muito em linha com os crescentes reflexos da crise no mercado de trabalho e as correspondentes indicações dadas pelo governo passista, tendo quase quintuplicado o número de emigrantes do quinquénio pós-2008 (157 mil) em relação ao quinquénio precedente (33,3 mil);
· a presença de formas de mobilidade geográfica internacional mais compagináveis com um enquadramento europeu dito de liberdade de circulação de pessoas – levando designadamente o INE a identificar, a partir de 2011, a figura do “emigrante temporário” (pessoa que, no período de referência, tendo permanecido no país pelo período contínuo de pelo menos um ano, o deixou, com a intenção de permanecer noutro pais por um período inferior a um ano) – e evidenciando uma saída a esse título de mais de 126 mil pessoas nos últimos dois anos;
· o registo de que, nestes dois anos, abandonaram o País (permanente ou temporariamente) mais de 222 mil pessoas, ou seja, qualquer coisa como 2,9% da população ativa existente, assim autorizando um preocupante exercício de projeção linear segundo o qual o estrito prolongamento desta tendência levará a que apenas sejam precisos mais três anos para que se tenha verificado um êxodo superior a 10% da nossa atual população ativa.
Isto é inaceitável, inacreditável e insustentável mas será que era inevitável, incontornável e inexorável?
· a essencial racionalidade dos comportamentos individuais subjacentes à evolução dos números da emigração e da imigração ao longo das duas últimas décadas, muito em linha com as perspetivas que iam sendo antecipadas para a situação económica do País;
· a clara tendência para um novo recrudescimento do fenómeno da emigração portuguesa, muito em linha com os crescentes reflexos da crise no mercado de trabalho e as correspondentes indicações dadas pelo governo passista, tendo quase quintuplicado o número de emigrantes do quinquénio pós-2008 (157 mil) em relação ao quinquénio precedente (33,3 mil);
· a presença de formas de mobilidade geográfica internacional mais compagináveis com um enquadramento europeu dito de liberdade de circulação de pessoas – levando designadamente o INE a identificar, a partir de 2011, a figura do “emigrante temporário” (pessoa que, no período de referência, tendo permanecido no país pelo período contínuo de pelo menos um ano, o deixou, com a intenção de permanecer noutro pais por um período inferior a um ano) – e evidenciando uma saída a esse título de mais de 126 mil pessoas nos últimos dois anos;
· o registo de que, nestes dois anos, abandonaram o País (permanente ou temporariamente) mais de 222 mil pessoas, ou seja, qualquer coisa como 2,9% da população ativa existente, assim autorizando um preocupante exercício de projeção linear segundo o qual o estrito prolongamento desta tendência levará a que apenas sejam precisos mais três anos para que se tenha verificado um êxodo superior a 10% da nossa atual população ativa.
Isto é inaceitável, inacreditável e insustentável mas será que era inevitável, incontornável e inexorável?
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