O que está a desenrolar-se em Portugal diante dos nossos esbugalhados olhos é trágico! Penso até que poderemos estar a assistir, entre arremetidas bruscas e procedimentos paulatinos, a uma regressão sem paralelo das condições de existência da larga maioria dos cidadãos nacionais. Ao empobrecimento visado junta-se cada vez mais visivelmente um tenaz esforço no sentido de uma domesticação capaz de melhor enquadrar o inevitável desfecho de marginalização. Um quadro que torna atrozmente ridícula, miserável mesmo, a espuma dos dias.
Como, por exemplo, os 40 minutos televisivos de Portas a apresentar a sua moção ao congresso do partido – “um pé dentro do Governo, porque subscreve, umas atrás das outras, todas as medidas de austeridade” e “um pé fora, porque propõe um caminho bem diferente”. Não terá este cavalheiro (?) qualquer noção de que existem limites ao cinismo, à decência, à falta de vergonha e ao desprezo pelo próximo?
Outro exemplo: sucedem-se as pronúncias de tribunais de primeira instância ou da relação de variadas localidades quanto à (im)possibilidade de novas candidaturas a novas casas de acolhimento para presidentes de câmara já triplamente reincidentes no exercício do poder em outras casas. Ninguém percebe ao certo o que poderá explicar o autêntico mistério do que se estará a passar e de porque é que “nem o pai morre nem a gente almoça”, ou seja, nem os legisladores clarificam a legislação nem os guardiões constitucionais encerram o assunto. Será que faz parte de uma coreografia que nos querem impingir?
Mais um exemplo, ainda: a rocambolesca história do pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos. Duodécimos, 600 euros em julho, 1100 euros depende, mais bem pagos em novembro, orçamento retificativo, promulgação presidencial em contrarrelógio, 2014 a voltar ao “normal”, etc. etc. etc. e fora o insondável que ainda estará para vir. Não se dará o caso de que o que vai sendo tomado por má comunicação, incompetência, provincianismo ou comportamento desviante resultar, afinal, de um voluntário folclore de meios ao serviço de um fim previamente anunciado como inexorável?
Cuidado, senhores! O tempo é cada vez menos próprio para com papas e bolos se enganarem os tolos…
Como, por exemplo, os 40 minutos televisivos de Portas a apresentar a sua moção ao congresso do partido – “um pé dentro do Governo, porque subscreve, umas atrás das outras, todas as medidas de austeridade” e “um pé fora, porque propõe um caminho bem diferente”. Não terá este cavalheiro (?) qualquer noção de que existem limites ao cinismo, à decência, à falta de vergonha e ao desprezo pelo próximo?
Outro exemplo: sucedem-se as pronúncias de tribunais de primeira instância ou da relação de variadas localidades quanto à (im)possibilidade de novas candidaturas a novas casas de acolhimento para presidentes de câmara já triplamente reincidentes no exercício do poder em outras casas. Ninguém percebe ao certo o que poderá explicar o autêntico mistério do que se estará a passar e de porque é que “nem o pai morre nem a gente almoça”, ou seja, nem os legisladores clarificam a legislação nem os guardiões constitucionais encerram o assunto. Será que faz parte de uma coreografia que nos querem impingir?
Mais um exemplo, ainda: a rocambolesca história do pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos. Duodécimos, 600 euros em julho, 1100 euros depende, mais bem pagos em novembro, orçamento retificativo, promulgação presidencial em contrarrelógio, 2014 a voltar ao “normal”, etc. etc. etc. e fora o insondável que ainda estará para vir. Não se dará o caso de que o que vai sendo tomado por má comunicação, incompetência, provincianismo ou comportamento desviante resultar, afinal, de um voluntário folclore de meios ao serviço de um fim previamente anunciado como inexorável?
Cuidado, senhores! O tempo é cada vez menos próprio para com papas e bolos se enganarem os tolos…
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