(Margaret Scott)
Dani Rodrik bloga pouco, mas o que pouco escreve
vale a pena.
Num artigo designado de Europe’s Way Out, cito os dois últimos parágrafos:
“Nos últimos tempos, uma união económica Europa viável
exige maior homogeneidade estrutural e convergência institucional
(especialmente nos mercados de trabalho) entre os seus membros. Por isso, o
argumento Alemão contém um núcleo de validade. A longo prazo, os países da UE
necessitam de parecer-se mais uns com os outros se quiserem habitar na mesma
casa.
Mas a zona euro enfrenta um problema de curto prazo que é
mais keynesiano em natureza e para o qual as soluções estruturais de longo
prazo são na melhor das hipóteses ineficazes e na pior bastante penalizadoras. Uma
ênfase demasiada nos problemas estruturais, em detrimento das políticas
keynesianas, tornará o longo prazo inatingível – e por isso irrelevante.”
Simplesmente lapidar, sobretudo quando a hipótese
de uma outra arquitetura monetária para a Europa, com manutenção das moedas
nacionais e uma moeda comum para os pagamentos internacionais, nunca chegou
sequer a ser pensada pelo projeto europeu, com a sua voracidade pela lógica do
mercado único.
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