sexta-feira, 14 de junho de 2013

RODRIK, LAPIDAR

(Margaret Scott)


Dani Rodrik bloga pouco, mas o que pouco escreve vale a pena.
Num artigo designado de Europe’s Way Out, cito os dois últimos parágrafos:
“Nos últimos tempos, uma união económica Europa viável exige maior homogeneidade estrutural e convergência institucional (especialmente nos mercados de trabalho) entre os seus membros. Por isso, o argumento Alemão contém um núcleo de validade. A longo prazo, os países da UE necessitam de parecer-se mais uns com os outros se quiserem habitar na mesma casa.
Mas a zona euro enfrenta um problema de curto prazo que é mais keynesiano em natureza e para o qual as soluções estruturais de longo prazo são na melhor das hipóteses ineficazes e na pior bastante penalizadoras. Uma ênfase demasiada nos problemas estruturais, em detrimento das políticas keynesianas, tornará o longo prazo inatingível – e por isso irrelevante.”
Simplesmente lapidar, sobretudo quando a hipótese de uma outra arquitetura monetária para a Europa, com manutenção das moedas nacionais e uma moeda comum para os pagamentos internacionais, nunca chegou sequer a ser pensada pelo projeto europeu, com a sua voracidade pela lógica do mercado único.

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