domingo, 30 de junho de 2013
O MEU PORTA-VOZ
Não sou propriamente velho assumido, mas há períodos em que tendo para isso, a que noutros tento escapar com a melhor das artes possíveis, com engenho artesanal e tentando tanto quanto possível ficar longe dos químicos revitalizantes.
Mas hoje, quando lia o Público em Seixas, bem de manhã, e fixado no Minho e na encosta de Santa Tecla procurava alguma frescura, conclui que já tenho porta-voz para o estatuto de velho e reformado parcial. A contundência do artigo de Vasco Pulido Valente encheu-me as medidas. Cito apenas o fim arrasador: “Esse minúsculo bando que nos pastoreia prepara em público e com a boa consciência da loucura um plano para o extermínio democrático dos velhos. E, nós, claro, marcharemos sem um pio para o nosso destino”.
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