Na excelente síntese que divulgou neste espaço (post de 21 de junho) das ideias que preparou para estruturar a sua intervenção no encontro dos Verdes Europeus, afirmava o António Figueiredo que uma das condições necessárias a uma saída da crise será “compreender que estamos numa crise de procura e não de dívida”.
Muito a propósito, o artigo desta semana de Martin Wolf no “Financial Times” – desmontando magistralmente, a partir do que designa por “legado tóxico da crise grega”, uma alegada filiação orçamental da crise e o logro de uma austeridade expansionista – fornece-nos um poderoso elemento de comprovação empírica através da observação do comportamento comparado da procura interna real nos Estados Unidos e na Zona Euro desde o colapso do Lehman Brothers em 2008 e, sobretudo, da evidência do fosso cavado após o resgate grego e a cimeira de Toronto de 2010. Difícil ser mais cristalino…
Sem comentários:
Enviar um comentário