(Bom Sucesso, agora)
(Bom Sucesso, antes)
(Vinum Restaurante e Wine Bar)
Fim de semana atribulado com trabalho de exaustão.
A vida de consultor e de blogger começa a ser tormentosa e a sacrificar tempos
livres.
Tempo escasso e por isso vale a pena destacar
dois momentos de distensão no meio desta tormenta. O primeiro do lado de lá do
rio (margem direita) e o segundo do lado de cá (margem esquerda).
Fim de manhã com sol a despontar (é preciso
aproveitar ao minuto) e por isso oportunidade para dar uma saltada ao Mercado
do Bom Sucesso na sua nova configuração. Estimo que Rui Rio vá esgrimir este
projeto como um dos seus legados de governação. O projeto não deslustra no seio
da mediania em que a cidade do Porto se viu mergulhada. O espaço é agradável, o
ambiente era fervilhante, essencialmente de curiosidade. A âncora Hotel vale o
que vale, tudo dependerá dos circuitos de procura que o grupo TRYP consiga
capitalizar. A Fundação Manuel António da Mota fica para outra visita.
Pessoalmente, gostaria de um espaço com maior
preservação do ambiente mercado tradicional, limitado na configuração atual a
legumes, talho e pouco mais. O tipo de lojas com grande relevo da gastronomia
ligeira não garante a mesma atmosfera de um mercado mais tradicional que, ao
contrário do que se pensa, é por esse mundo fora combinável com as funções mais
modernas e urbanas a que o Bom Sucesso aspira. A sensação de curiosidade valeu
a pena, mas fica um travo de pequena desilusão, não necessariamente passadista,
pois algumas experiências tradicionais que conheço mostram que é possível
recuperar para uma infraestrutura moderna a ambiência, por exemplo, dos
mercados de rua parisienses. Mas isso será preciosismos para a tradicional
falta de sensibilidade para as questões urbanas de Rui Rio. A ele bastam-lhe as
corridinhas de automóveis, nem que para isso uma das zonas mais nobres da
Cidade esteja por dois meses amordaçada e entre redes e rails de proteção. E
talvez as francesinhas, já que perdeu os aviões.
Ao fim da tarde, momento para uma distensão no
novo equipamento da Graham’s, com o enquadramento fabuloso do Douro. Um copo de
vinho e tapas (influência basca), com o requinte do tempo dos Symington, a
sobriedade do gosto dos espaços e da arquitetura, o charme do vinho e a patine
do tempo. Fica para uma outra oportunidade o almoçar ou o jantar. A margem
esquerda ganha mais um espaço de excelência.
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