domingo, 16 de junho de 2013

BOM SUCESSO E VINUN WINE BAR

(Bom Sucesso, agora)
(Bom Sucesso, antes)
(Vinum Restaurante e Wine Bar)


Fim de semana atribulado com trabalho de exaustão. A vida de consultor e de blogger começa a ser tormentosa e a sacrificar tempos livres.
Tempo escasso e por isso vale a pena destacar dois momentos de distensão no meio desta tormenta. O primeiro do lado de lá do rio (margem direita) e o segundo do lado de cá (margem esquerda).
Fim de manhã com sol a despontar (é preciso aproveitar ao minuto) e por isso oportunidade para dar uma saltada ao Mercado do Bom Sucesso na sua nova configuração. Estimo que Rui Rio vá esgrimir este projeto como um dos seus legados de governação. O projeto não deslustra no seio da mediania em que a cidade do Porto se viu mergulhada. O espaço é agradável, o ambiente era fervilhante, essencialmente de curiosidade. A âncora Hotel vale o que vale, tudo dependerá dos circuitos de procura que o grupo TRYP consiga capitalizar. A Fundação Manuel António da Mota fica para outra visita.
Pessoalmente, gostaria de um espaço com maior preservação do ambiente mercado tradicional, limitado na configuração atual a legumes, talho e pouco mais. O tipo de lojas com grande relevo da gastronomia ligeira não garante a mesma atmosfera de um mercado mais tradicional que, ao contrário do que se pensa, é por esse mundo fora combinável com as funções mais modernas e urbanas a que o Bom Sucesso aspira. A sensação de curiosidade valeu a pena, mas fica um travo de pequena desilusão, não necessariamente passadista, pois algumas experiências tradicionais que conheço mostram que é possível recuperar para uma infraestrutura moderna a ambiência, por exemplo, dos mercados de rua parisienses. Mas isso será preciosismos para a tradicional falta de sensibilidade para as questões urbanas de Rui Rio. A ele bastam-lhe as corridinhas de automóveis, nem que para isso uma das zonas mais nobres da Cidade esteja por dois meses amordaçada e entre redes e rails de proteção. E talvez as francesinhas, já que perdeu os aviões.
Ao fim da tarde, momento para uma distensão no novo equipamento da Graham’s, com o enquadramento fabuloso do Douro. Um copo de vinho e tapas (influência basca), com o requinte do tempo dos Symington, a sobriedade do gosto dos espaços e da arquitetura, o charme do vinho e a patine do tempo. Fica para uma outra oportunidade o almoçar ou o jantar. A margem esquerda ganha mais um espaço de excelência.

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