O nosso bem conhecido José Manuel Barroso meteu a pata na poça! Pois não é que, em entrevista ao “International Herald Tribune”, assim desdenhou a posição francesa no Conselho de Ministros do Comércio da União Europeia em defesa de uma limitação do âmbito das negociações comerciais com os Estados Unidos por razões de proteção da diversidade cultural: “Isso faz parte desta agenda contra a globalização, que eu considero completamente reacionária” e "Alguns dizem ser de esquerda, mas culturalmente são, de facto, extremamente reacionários".
Sucederam-se as naturais reações vindas de Paris, do porta-voz do Partido Socialista no poder (“É espantoso e intolerável. Nada autoriza um presidente cooptado pelos seus amigos de direita no poder na Europa a dar lições à França. Nada autoriza o senhor Barroso a julgar uma decisão unânime do Conselho.”) ao próprio presidente Hollande (“Não quero crer que o presidente da Comissão Europeia possa ter sustentado opiniões assim formuladas sobre a França, mesmo sobre os artistas que se possam ter exprimido”).
Corajoso, mas temendo que a coisa se ponha ainda mais feia, Durão não perdeu tempo a logo mandar os burocratas de serviço na Comissão virem a terreiro explicar que “reacionários são aqueles que não querem mudar, que querem manter o status quo e isso pode abranger muita gente” e que o seu chefe não se estava a referir à França nem às autoridades francesas mas sim àqueles que “lançaram ataques pessoais contra o presidente, muitas vezes violentos e injustificados”. A ver se cola…
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