Hoje no Parlamento Europeu, e enquanto decorria a audiência de Katainen de que ainda aqui virei falar, um grupo de curdos invadiu um dos pátios centrais do edifício e instalou por ali alguma confusão (fotos acima). A polícia de choque chegou a marcar presença e a encerrar a porta Spinelli, mas não houve quaisquer incidentes de maior.
O caso serve-me assim para referenciar uma causa justa e nunca até agora abordada neste espaço, para cuja melhor explicitação recupero uma infografia há tempos elaborada pela “Visão”: trata-se da luta do povo curdo, estimado nuns 30 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo e por isso mesmo considerado como a maior das nações existentes sem pátria. Uma situação que, a juntar à violenta repressão do forte nacionalismo curdo na Turquia, se agudizou sobremaneira com as evoluções em curso no Iraque e na Síria e as atrocidades do terrorista Estado Islâmico mas também concedeu um acréscimo de relevância e visibilidade ao possível papel de aliado-tampão a ser desempenhado pelo Curdistão Iraquiano. Note-se adicionalmente que, quase cem anos passados, as potências vencedoras da Primeira Grande Guerra Mundial ainda não se conseguiram entender para fazerem cumprir a sua promessa de criação de um estado curdo na Região – mistérios da grande política internacional, ou talvez não...
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