Às vezes este País parece oscilar entre um filme fantástico e um filme de terror, um lugar onde tudo está virado de pernas para o ar e que vai sendo habitado por uma crescente e improvável dose de gente em vias de ensandecer, em delírio ou já demenciada ou até doida varrida. Manuela Ferreira Leite é apenas um dos principais protagonistas desse tão estranho enredo, sobretudo através das suas aparições televisivas semanais e das correspondentes denúncias técnico-económicas e político-sociais da ação governativa levada a cabo por companheiros seus de partido.
Ora vejam só um bocadinho do que a senhora ontem veio dizer que acha sobre o Orçamento de Passos e Portas para 2015: primeiro, que aumenta a carga fiscal, fiscalidade verde incluída – “Há aumento de impostos e um sério aumento de impostos. Se pensarmos na fiscalidade verde, ela é um aumento de impostos, o que é senão um aumento de impostos. O objetivo desse instrumento é apenas aumento de receita e não tanto, ou não só, o aspeto da fiscalidade; porque se fosse só o aspeto da fiscalidade, isto é, o aspeto da alteração de comportamentos, eu diria que era a última coisa que nós tínhamos de decidir neste momento; e diria que era a última coisa porque é contra a industrialização, contra a competitividade das empresas...”; segundo, que, não sendo exequível nem constitucional, é propagandístico e eleitoralista – “Não só aquilo não é exequível, os valores que lá estão não são exequíveis, não dá distribuição de espécie nenhuma, como mesmo que fosse distribuível não é constitucional, não é possível fazer-se uma coisa daquelas. Está-se a utilizar o orçamento como um texto panfletário de propaganda eleitoral, o que eu acho, aí sim, é a primeira vez que eu vejo isso num orçamento.”; terceiro, que, traduzindo o descalabro do CDS em termos políticos dentro da coligação, é uma invenção para iludir os portugueses – “O CDS, claramente com certeza que não pensa que tem a seus pés os reformados. Portanto, restava-lhe uma outra zona que era a sua bandeira da redução dos impostos. Então inventaram algo que é uma forma de iludir os portugueses. Portanto, quem acredite naquilo fica iludido e acha que realmente, se andar a buscar as faturas todas e andar a lutar contra a fuga aos impostos, vai receber não sei o quê.”.
Ora vejam só um bocadinho do que a senhora ontem veio dizer que acha sobre o Orçamento de Passos e Portas para 2015: primeiro, que aumenta a carga fiscal, fiscalidade verde incluída – “Há aumento de impostos e um sério aumento de impostos. Se pensarmos na fiscalidade verde, ela é um aumento de impostos, o que é senão um aumento de impostos. O objetivo desse instrumento é apenas aumento de receita e não tanto, ou não só, o aspeto da fiscalidade; porque se fosse só o aspeto da fiscalidade, isto é, o aspeto da alteração de comportamentos, eu diria que era a última coisa que nós tínhamos de decidir neste momento; e diria que era a última coisa porque é contra a industrialização, contra a competitividade das empresas...”; segundo, que, não sendo exequível nem constitucional, é propagandístico e eleitoralista – “Não só aquilo não é exequível, os valores que lá estão não são exequíveis, não dá distribuição de espécie nenhuma, como mesmo que fosse distribuível não é constitucional, não é possível fazer-se uma coisa daquelas. Está-se a utilizar o orçamento como um texto panfletário de propaganda eleitoral, o que eu acho, aí sim, é a primeira vez que eu vejo isso num orçamento.”; terceiro, que, traduzindo o descalabro do CDS em termos políticos dentro da coligação, é uma invenção para iludir os portugueses – “O CDS, claramente com certeza que não pensa que tem a seus pés os reformados. Portanto, restava-lhe uma outra zona que era a sua bandeira da redução dos impostos. Então inventaram algo que é uma forma de iludir os portugueses. Portanto, quem acredite naquilo fica iludido e acha que realmente, se andar a buscar as faturas todas e andar a lutar contra a fuga aos impostos, vai receber não sei o quê.”.
(Augusto Cid, http://sol.pt)
Longe vão os tempos da “dama de ferro”, que era “a voz do dono”, por sinal nada escrupuloso! E razões de estrito pudor levam a que me abstenha de também reportar o ardiloso mas pouco sério quadro macroeconómico que o Governo teve a distintíssima lata de apresentar...
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