segunda-feira, 6 de outubro de 2014

FATOR Z, SERÁ?

Mais três semanas serão afinal necessárias para sabermos quem será o próximo Presidente da República Federativa do Brasil. Na sequência de um processo eleitoral altamente ziguezagueante, e que chegou a anunciar Marina Silva como possível vencedora, o segundo turno será disputado entre Dilma e Aécio e as próximas semanas anunciam-se escaldantes e fartas em termos de ataques, boataria e escandaleira. Com a agravante do desestabilizador descrédito que os resultados trouxeram para a imagem dos institutos de sondagem, habitualmente por lá tidos por muito fiáveis mas agora acusados de um imenso flop nas suas previsões.

Continuo na minha de que uma consagração de Aécio seria o melhor resultado nas atuais circunstâncias – refiro-me àquilo a que FHC tem vindo a caraterizar acidamente como um “capitalismo de Estado sob controlo de um partido” e de “capitalismo para a companheirada” – e atrevo-me, por isso, a reproduzir um excerto do editorial de ontem do “Estadão”, sugestivamente intitulado “A hora da razão”: “Depois de quatro anos de Dilma Rousseff, o Brasil está pior, sob todos os aspetos. A economia empacou e flerta com a recessão; o modelo de crescimento baseado no estimulo ao consumo dá sinais claros de esgotamento; o emprego desce, limitado às faixas salariais inferiores, e a inflação sobe, atropelando o teto da meta; o equilíbrio fiscal depende cada vez mais da contabilidade criativa; o Itamaraty foi sucateado e a diplomacia brasileira, colocada a serviço da visão petista; a corrupção se alastra no aparelho estatal, dando a impressão de que só não existe onde não é procurada; a insatisfação popular se amplia e aprofunda diante da incapacidade do governo de entregar aos cidadãos com um mínimo de qualidade os serviços pelos quais todos pagam.” Em síntese: após Lula ter sido capturado, Dilma mostrou os seus limites – há que virar essa página...

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