Invoco aqui o título da marcante obra de Kenneth
Rogoff e de Carmen Reinhart sobre a história das crises da dívida para, com a
ajuda da preciosa capa do The Economist da
semana passada, me situar no declínio, que se espera não inexorável, da
construção europeia.
As coisas parecem não ter ligação entre si mas as
evidências mostram que é sobretudo após a crise de 2007-2008 que se acentua o
declínio de um edifício cuja estrutura não estava manifestamente preparado para
situações de tal stresse.
Confiança nas instituições europeias (% de respostas de confiança)
(Fonte: Eurobarómetro)
Por ângulos e perspetivas diversos, temos neste
blogue sublinhado que o rei vai nu na política macroeconómica europeia, onde a
imaginação do faz de conta parece não ter limites. Hoje, gostaria de trazer
para a perceção do declínio uma outra característica, ainda mais perversa. Cecchetti
e Schoenholtz no Money & Banking destacam
um gráfico algo aterrador sobre a evolução dos níveis de confiança na União
Europeia e nas diferentes instituições europeias. O aprofundamento de um
projeto como o da União Europeia não sobrevive a um tal nível de desconfiança
nas instituições que deveriam promover a adesão confiante ao projeto.
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