sexta-feira, 31 de outubro de 2014

DO NERVOSO DOS BANCOS

(Arend Van Dam, http://fd.nl)

(Dan Woodger, http://www.nytimes.com)

Confesso que não fiquei especialmente desestressado com os resultados dos exames aos bancos europeus, sendo ademais de notar que ninguém com responsabilidades veio a público esclarecer alguns dos pontos mais nebulosos do exercício (cantilenas políticas ou auto valorativas à parte).

Ainda assim, valerá a pena passar os olhos pelo dossiê abaixo, que recolhi a partir de elementos explicativos divulgados pela imprensa da especialidade. Começando por uma comparação dos testes de 2014 com os anteriores, de 2011. Observando depois a distribuição geográfica dos 25 bancos “chumbados” (rácios de capital abaixo do mínimo exigido no caso do cenário económico mais adverso). Prosseguindo com uma informação mais circunstanciada sobre esses mesmos bancos, evidenciando designadamente as respetivas necessidades de capitalização e os 16 que não cumpririam em 2016 o rácio de capital mínimo no cenário de base considerado pelo BCE como mais provável para a evolução da economia. Informando ainda sobre os bancos que se apresentaram como sendo os mais e menos sólidos de cada país. Utilizando seguidamente a dimensão país para avaliar a situação encontrada em termos de necessidades de recapitalização (Itália, Portugal, Áustria, Irlanda, Chipre, numa ordenação decrescente) e de custos de um hipotético cenário catastrófico (Grécia, Portugal, Itália, Alemanha, idem). Explorando essa mesma dimensão país através da mais aprofundada análise levada a cabo pelo “El País” (com o sistema bancário português a surgir classificado à partida num pouco abaixo de mediano 14º lugar, mas evidenciando deteriorações acentuadas em termos finais, leia-se 2016, quer tornando-se 19º no cenário-base quer passando a 20º e antepenúltimo no cenário adverso). E terminando com um quadro muito curioso sobre a capacidade de alguns bancos sistémicos resistirem a uma verificação do pior cenário comparativamente à de um cenário mais previsível (com dois bancos alemães, Deutsche Bank e Commerzbank, em particular destaque pela negativa).










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