Alguns dizem tratar-se de uma guerra de nervos, de um braço de ferro, de uma prova de força. Outros preferem falar de uma dupla franco-alemã condenada a entender-se. Pessoalmente, só estou curioso quanto ao grau de criatividade de que vai revestir-se a maquilhagem pública do resultado de um jogo para o qual julgo que as cartas já estão mais que marcadas e por forma a não deixarem mal nenhum dos dois grandes intervenientes da aparente contenda. Tão diferentes entre si e tão iguais na expressão última dos respetivos interesses nacionais, tal como os interpretam e aos quais dão integral prioridade. No final do dia, enquanto os franceses continuarão essencialmente a resistir à mudança, reformando devagarinho e invocando o seu inestimável contributo para uma fase nova do projeto europeu, os alemães continuarão essencialmente agarrados às suas obsessões, expandindo devagarinho e fingindo uma magnânima distração em relação às supostamente inofensivas tolices de alguns parceiros. Até que, um dia, a dura realidade...
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