quarta-feira, 22 de outubro de 2014

CONTAS PORTUENSES


Muito oportuno o cabeçalho do “Jornal de Notícias” de hoje, simultaneamente registando com justiça o primeiro aniversário da posse de Rui Moreira (RM) como presidente da Câmara Municipal do Porto e sintetizando com acerto o facto de este ter sido “um ano de mandato a demarcar-se de Rui Rio”. Acrescentando e desenvolvendo na peça do interior do diário com títulos como “um Rui contra a corrente do Rio que o antecedeu”, “bandeiras do antecessor postas em causa” ou “Rui Moreira distancia-se cada vez mais de Rio”.

Também gostei de ouvir RM no “Fórum da TSF” desta manhã. Inteligente, focado, aberto e urbano, RM – já aqui o referi, parcialmente ao jeito de autocrítica! – tem sabido fazer a diferença em relação à idiotice, à casmurrice, ao bloqueamento e à boçalidade dos dez anos precedentes e a Cidade só pode agradecer-lhe por isso. E mesmo quando procurou manter-se dentro de um registo “politicamente correto” (que, no passado, chegou a confundir com um taticismo desbragado) , como quando fala de um imaginário Rio primeiro-ministro ou de um Cavaco que “tem tido dificuldade em interpretar as inquietações dos portugueses”, RM cumpriu largamente os mínimos.

Importa, todavia, não esquecer que à diversidade de boas qualidades evidenciada por RM se têm somado certamente os amplos contributos de muitos dos que o acompanham de perto, uns por opção do próprio e outros por imposição dos eleitores. Em parte por razões de melhor conhecimento, embora esteja convencido de que não só nem principalmente, destaco a energia e a qualidade política de Manuel Pizarro, a experiência e a sabedoria de Manuel Correia Fernandes e a criatividade e a capacidade de trabalho de Paulo Cunha e Silva, mas aceitarei de bom grado reconhecer o valor que terão três dos seus outros vereadores com pelouros distribuídos – Filipe Araújo na Inovação e Ambiente e as duas senhoras que tratam da Mobilidade (Cristina Pimentel) e da Educação, Organização e Planeamento (Guilhermina Rego) –, embora já ponha as minhas dúvidas quanto ao “fiscal e protetor civil” que dá pelo nome de Manuel de Sampaio Pimentel. E há ainda várias e importantes segundas linhas a ter em conta do lado ativo do balanço.

Viva o Porto, pois!

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