Após aquela indigesta dose de Valdis, achei-me merecedor de uma fugazinha bem mais substantiva. E lá dei uma corrida até ao “Bozar”, para onde estava anunciada a projeção de uma versão recém-restaurada digitalmente de um dos meus filmes de culto – “Il Gattopardo” (1963) de Luchino Visconti –, antecedida por uma conversa com a sua protagonista feminina Claudia Cardinale (contracenanado com Burt Lancaster e Alain Delon, nomeadamente).
Claudia foi pontual no cumprimento da promessa de fouler le tapis rouge à 19 heures. E era aguardada por alguns fãs maduros e saudosos e por muitos outros fãs jovens e curiosos, a quem deu autógrafos e com quem aceitou deixar-se fotografar. Sendo óbvio que o esplendor físico de Claudia já não brilha aos 76 anos como naqueles tempos, os traços, o porte e a atitude não a abandonaram e ajudam a continuar a defini-la como uma mulher bonita.
A seguir, e já no palco da sala principal, Claudia foi entrevistada durante cerca de meia hora na sua francesa língua natal (Tunísia) e falou dos 141 filmes que já fez e de Visconti como o seu “mestre”, confessou que gosta atualmente de aceitar papéis em filmes de jovens em início de carreira, teve uma palavra para a energia dos 104 anos do nosso Manoel de Oliveira, explicou que filmou “O Leopardo” em simultâneo com “8½”, comentou as enormes diferenças que marcavam os dois geniais realizadores italianos (da magia de Fellini à ordem de Visconti) e concluiu pronunciando-se sobre o futuro recorrendo à palavra que disse sentir como essencial (“felicidade”).
Depois, culminando um ótimo serão, veio a Sicília e a unificação italiana do Século XIX e, com elas, a beleza de Angelina evoluindo nos meandros da família Salina – uma delícia e um poço inesgotável de ensinamentos sobre as mudanças e os trajetos da vida, entre as rigidezes tradicionalistas e as variadas capacidades de adaptação...
Claudia foi pontual no cumprimento da promessa de fouler le tapis rouge à 19 heures. E era aguardada por alguns fãs maduros e saudosos e por muitos outros fãs jovens e curiosos, a quem deu autógrafos e com quem aceitou deixar-se fotografar. Sendo óbvio que o esplendor físico de Claudia já não brilha aos 76 anos como naqueles tempos, os traços, o porte e a atitude não a abandonaram e ajudam a continuar a defini-la como uma mulher bonita.
A seguir, e já no palco da sala principal, Claudia foi entrevistada durante cerca de meia hora na sua francesa língua natal (Tunísia) e falou dos 141 filmes que já fez e de Visconti como o seu “mestre”, confessou que gosta atualmente de aceitar papéis em filmes de jovens em início de carreira, teve uma palavra para a energia dos 104 anos do nosso Manoel de Oliveira, explicou que filmou “O Leopardo” em simultâneo com “8½”, comentou as enormes diferenças que marcavam os dois geniais realizadores italianos (da magia de Fellini à ordem de Visconti) e concluiu pronunciando-se sobre o futuro recorrendo à palavra que disse sentir como essencial (“felicidade”).
Depois, culminando um ótimo serão, veio a Sicília e a unificação italiana do Século XIX e, com elas, a beleza de Angelina evoluindo nos meandros da família Salina – uma delícia e um poço inesgotável de ensinamentos sobre as mudanças e os trajetos da vida, entre as rigidezes tradicionalistas e as variadas capacidades de adaptação...
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