segunda-feira, 20 de outubro de 2014

ROGOFF SOBRE WOLF

(Imagem que acompanha o artigo de Rogoff na Prospect)


O meu colega de blogue acertou em cheio com a referência ao The Shifts and Shocks do mais representativo jornalista do Financial Times Martin Wolf, que aguardava na minha secretária melhores tempos para uma leitura mais atenta do que tem sido considerada uma das mais ambiciosas (pela sua globalidade) tentativas de explicação das origens, do eclodir e do pós-crise de 2007-2008.
O post de hoje visa apenas dar conta de uma crítica estimulante da obra de Martin Wolf, publicada em agosto de 2014 na muito recomendável revista inglesa PROSPECT. A crítica da obra de Wolf é nada mais nada menos redigida por Kenneth Rogoff e é estimulante sobretudo porque debate três pontos sobre os quais Rogoff não tem a mesma opinião de Wolf.
Os três pontos de debate são os seguintes: a eliminação dos problemas e falhas do sistema financeiro a propósito dos quais Wolf recupera a posição dos economistas de Chicago dos anos 30 (Irving Fisher à cabeça) de retirar aos bancos a capacidade de criar moeda; a crise da zona euro em que Wolf foca baterias sobre os alemães e sobre a sua responsabilidade de conduzir políticas excedentárias para compensar a desvalorização interna das economias da periferia; o debate da austeridade centrado no papel das políticas de relançamento fiscal através de programas de investimento em infraestruturas.
Os comentários de Rogoff têm sobretudo a particularidade de colocar no centro do comentário três temas cruciais para compreendermos esta transição de curto prazo que nos pode comprometer decisivamente o nosso longo prazo.
Voltaremos a esta questão.

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