quinta-feira, 2 de junho de 2016

A FÉ POSSÍVEL


Porque a subscrevo integralmente, recupero para título deste post uma ideia proveniente dos meus correligionários do blogue “O Tribunal do Dragão”. Porque a coisa – e a coisa é a contratação de Nuno Espírito Santo (NES) para próximo treinador do Futebol Clube do Porto (FCP) – põe-se-me assim: (i) gosto do NES, da postura de frontalidade, da fluência do verbo e da garra e energia que lhe parecem ser naturais, para além da forma como sempre evidenciou interiorizar a mística portista; (ii) tenho a clara noção de que os íntimos laços que ligam NES ao empresário Jorge Mendes (JM) aportarão necessariamente uma retoma das relações deste com o FCP e uma forte probabilidade de daí decorrerem inequívocas vantagens para o clube; (iii) quero acreditar que, sobretudo após a experiência de NES em Valência, as suas exibições públicas quanto a uma adoração por JM sejam uma história ultrapassada e a levar à conta de um pontual excesso de entusiasmo ou de uma manifestação datada de falta de maturidade; (iv) vejo com alguma reserva a inexperiência que ainda acompanha o perfil de NES, ao mesmo tempo que não estou em condições de avaliar devidamente as suas reais competências técnico-táticas e de liderança (e porque se manterá Rui Barros como adjunto?); (v) a não ser de forma maquiavélica, não compreendo a razão pela qual NES foi preterido em favor de Peseiro quando já estava livre em janeiro; (vi) recuso-me a entrar, até por consciência do ridículo disso mesmo, num jogo em torno dos nomes que teria preferido (Marco Silva, Leonardo Jardim, Paulo Sousa ou outro, exceção feita ao insuportável Jorge Jesus), mas continuo a não entender cabalmente a razão pela qual nenhuma administração da SAD do FCP alguma vez decidiu apostar num treinador de primeira grandeza, daqueles indiscutíveis, disso fazendo um investimento assumidamente relevante mas com potencial de retorno bem superior ao de tantas contratações caras e sucessivamente falhadas de jogadores. Aqui chegados, e manifestações jocosas à parte (ver abaixo duas das mais felizes), a apresentação oficial de ontem exige-me que evolua sem mais delongas de um fundado benefício da dúvida para uma disciplinada determinação no sentido de encarar NES como o meu treinador e de assim lhe desejar toda a sorte do mundo. O resto...


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