Mais uma notícia extravagante que nos chega do coração da Europa: desta vez, é Roma a pontuar pela negativa com a candidata do movimento populista “Cinco Estrelas”, Virginia Raggi, a vencer folgadamente a primeira volta. Por muito interessante que a senhora pareça – e parece! –, é quase unânime no seio da opinião avalizada que os seus atributos não bastam para que se possa considerar especialmente qualificada para dirigir os destinos da capital italiana. De notar, ainda, que os seguidores de Beppe Grillo também obtiveram resultados expressivos em várias outras grandes cidades (como, por ordem decrescente, Turim, Trieste, Bolonha, Milão e Cagliari).
Mais bem encaminhadas parecem as coisas no Peru, com a segunda volta das presidenciais a apontar para uma vitória do conservador PPK (Pedro Pablo Kuczynski, 77 anos, de ascendência alemã e franco-suíça e ainda primo do cineasta Jean-Luc Godard pelo lado da mãe), apoiado em desespero de causa pelas forças de esquerda, sobre a favorita Keiko Fujimori (filha do ex-presidente, entretanto muito justamente caído em desgraça e a cumprir pena de prisão, Alberto Fujimori). A confirmar-se que Keiko volta a falhar a tão ambicionada coroação, que já dava por adquirida, o mais provável é que venha a ser o irmão Kenji a dar próxima sequência à teimosa e malfadada dinastia de origem japonesa que se abateu sobre aquele país andino.
(Andrés Edery, http://elcomercio.pe)
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