Por uma banda, compreendo bem a ideia de que as reformas precisam de tempo para produzirem os seus efeitos (nomeadamente sobre o crescimento económico e a consolidação orçamental) e de que, portanto, a paciência é uma componente essencial do processo. Mas, e por outra banda, não se me revela nada lógico nem justificável que o ministro das Finanças faça apelo pela positiva ao momentum das reformas feitas nos últimos anos – porque das duas uma: ou o governo de Passos fez reformas e reformas justas de que estamos a aguardar a devida materialização ou o governo de Passos não fez reformas e as maldades e mudanças legislativas que como tal designou foram contraproducentes e bem merecedoras das sistemáticas reversões que o governo de Costa tem vindo a cumprir.
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