“Exonerado por incumprimento reiterado das orientações da tutela sobre matérias inerentes ao exercício das suas funções”, eis o principal teor explicativo da exoneração de Emídio Gomes da presidência da CCDR-Norte.
O Governo tomou finalmente uma atitude (aplauso!) perante a até agora impune autossuficiência de um cavalheiro que, durante quase três anos, nunca deixou de transitar entre o autoritarismo desmedido e o exibicionismo ridículo, não fazendo outra coisa que não fosse em conveniente proveito do seu grande e incondicional amor por si próprio. Tendo culminado numa provocatória recusa de acatar uma instrução da tutela no âmbito dos contratos para os planos estratégicos de desenvolvimento urbano, com isso gerando um forte ruído mediático (em razão da denúncia e dos protestos provenientes das Câmaras do Porto, de Matosinhos, de Gaia e de Gondomar) e uma desnecessária incomodidade política para o ministro Pedro Marques.
Dito isto, não estou nada certo de que tal provocação final não tenha sido ponderada e planeada, a benefício de uma hipotética indemnização e de uma suposta, e afinal mais que efémera, glória de umas primeiras páginas; espero, isso sim, que esta aqui saudada passagem à disponibilidade não acabe por redundar num motivo adicional de entropia no séquito de Pinto da Costa – é que se a criatura se põe a dedicar mais tempo à causa que recentemente abraçou na qualidade de “arma secreta”...
Aguarda-se entretanto com bastante expectativa o que se vai seguir, decerto também em termos da designação de um nome que, sendo experimentado e credível, possa contribuir para uma redignificação da Região mas sobretudo em termos da coerência e eficácia do modelo institucional e organizativo a que tem vindo timidamente a referir-se o ministro-adjunto Eduardo Cabrita. Oxalá!
Muito desagradável o seu comentário. enfim,.....que a vida lhe corra pelo melhor. Abraço. EG
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