quarta-feira, 25 de novembro de 2020

DIEGO ARMANDO MARADONA

Não sei se foi o melhor jogador de futebol de todos os tempos, nem sei mesmo se isso existe. Mas Diego Armando Maradona tornou-se um mito do desporto-rei com a sua inigualável capacidade técnica e com os momentos inesquecíveis que com ela proporcionou a todos quantos apreciam o jogo. Ficou especialmente famoso para os menos conhecedores, diga-se que algo injustamente, pela manita de Dios com que brindou os ingleses nos Quartos-de-Final do Campeonato do Mundo de 1986 no México, tendo sido então campeão mundial pelo seu país e considerado o melhor jogador do torneio. Jogou na Argentina, onde começou e terminou a carreira, e em Espanha (Barcelona e Sevilha) mas foi em Nápoles (contribuindo determinantemente para os dois únicos scudettos que o clube da cidade jamais alcançou) que atingiu um esplendor de veneração talvez nunca visto noutros locais de qualquer geografia. Fora das quatro linhas, Maradona foi polémico e provocador (nem sempre por más razões, como quando denunciou a corrupção na FIFA e em outras instâncias do futebol), mas serei certamente justo se o referenciar como alguém que foi incapaz de conviver equilibradamente com o enorme sucesso alcançado e a adoração dos fãs – do doping às drogas pesadas, por entre vários descalabros de ordem pessoal e profissional (um treinador a espaços e nunca capaz de se afirmar como tal) e curas extraordinárias (como foi o caso da sua passagem por Cuba e aproximação a Fidel). Remeto tudo o resto que fica por dizer para uma qualquer dessas evocações da sua magia futebolística que perdurarão como o seu principal e imortal legado.

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