Sou, como a maioria dos cidadãos civilizados, uma pessoa aberta e relativamente imune à adoção de constrangimentos socialmente inigualitários. Em matéria rácica, por exemplo, nunca me considerei próximo de qualquer simpatia discriminatória, sendo todavia óbvio que as circunstâncias históricas e geracionais que nos envolve(ra)m não foram impeditivas de se proporcionarem situações excecionais e impensadas de pactuação subliminar com tal flagelo. O que hoje aqui venho declarar, fortemente impulsionado pela excelência do cartune que ontem encontrei no “The Guardian” (ver abaixo), é quanto a banalização da diferença tem vindo a ganhar em mim uma notória e afirmada consciencialização (muito em linha com uma reação de repulsa em relação aos revoltantes discursos e práticas extremistas e populistas que crescentemente fazem a ordem do dia, embora também com a perceção das posições e atitudes que marcam alguma juventude dotada de um grau de cosmopolitismo ímpar em relação a juventudes precedentes, servindo-me a vivência londrina da minha filha mais nova de estímulo permanente na matéria) e quão gratificante sinto hoje ser, para mim, a assunção plena desse facto. Afinal, uma mera questão de racionalidade e foco.
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