Tendo a ser, por regra, bastante tolerante em relação a quem invoque questões ditas de princípio. Na dimensão política, o Partido Comunista Português (PCP) será talvez a organização que me tem merecido maior grau de respeitabilidade desse ponto de vista. Mas o caso que atualmente ocupa um lugar central na nossa opinião pública – o da insistência na realização do seu Congresso durante o próximo fim de semana e na presente conjuntura pandémica – não é algo assacável ao plano dos princípios, “um dever” como afirmou Jerónimo de Sousa, mas uma teimosia dogmática que a larga maioria dos portugueses não compreende e que releva de uma espécie de autoproclamada “superioridade moral dos comunistas”, uma asserção não apenas indemonstrável como até tendendo a resultar num provável preço político significativo. Um enormíssimo tiro no pé para as hostes do PCP, um erro dos maiores que esta direção política alguma vez cometeu!
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