Um grande choque com a notícia que me chegou via telefone
com a voz embargada da amiga comum Pilar, dando notícia do terrível aneurisma.
A Cristina faz parte do meu longo trajeto de ligação
afetiva e profissional à Faculdade de Economia do Porto, primeiro numa grande
cumplicidade de projetos comuns, partilhando disciplinas e docência, depois com
algum afastamento determinado pela não coincidência das áreas científicas de
interesse, mas aqui e ali reatada com alguns trabalhos profissionais em que por
meu intermédio a Quaternaire Portugal mobilizou o seu conhecimento científico,
da qual foi até há bem pouco tempo acionista com uma pequena participação.
Assisti e apoiei a sua progressiva afirmação como
professora e investigadora, numa primeira fase marcada pelo peso da fragilidade
física feminina em cima de um estrado de aulas, rapidamente compensada pela
determinação, rigor e entusiasmo pelos domínios lecionados.
Mais recentemente, reaproximámo-nos, com de permeio uma
tarde muito agradável e amena de visita à minha casa de Seixas, já com a candura
da filha mais nova a fazer-lhe companhia.
Um adeus de choque. E um tempo e uma vivência de
cumplicidades que se vai perdendo. Até sempre Cristina.
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