sexta-feira, 29 de junho de 2012

MENOS CROMOS, MAIS GENTE!


O INE acaba de divulgar o valor do nosso défice orçamental relativo ao primeiro trimestre, pondo a nu as lérias dos papagueadores costumeiros – entre os nossos inúmeros responsáveis políticos, escassos especialistas económicos e brilhantes comentadores televisivos –, apressando-se alguns a vir reconhecer as fragilidades dos miraculosos remédios de que convictamente defenderam prescrição e das inabaláveis metas que juraram alcançáveis.


O primeiro-ministro, esse, veio esta semana declarar que o Governo se baseia na realidade. Ora, e de facto, esta já só engana os ignorantes, os incautos, os condicionados, os vaidosos ou os titulares dos diferentes arranjos e combinações possíveis das atrás mencionadas qualidades.


É que aqui na minha rua já toda a gente tinha percebido que cortes em cima de cortes geram menores rendimentos, que estes geram menor despesa, que esta gera menor produção, que esta gera menor emprego, que tudo isto gera menores receitas fiscais e maiores despesas sociais. E que tal uma mesa-redonda com o homem da mercearia, a senhora do café, a menina da tabacaria e o rapaz das recolhas?

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