O INE acaba de
divulgar o valor do nosso défice orçamental relativo ao primeiro trimestre,
pondo a nu as lérias dos papagueadores costumeiros – entre os nossos inúmeros responsáveis
políticos, escassos especialistas económicos e brilhantes comentadores
televisivos –, apressando-se alguns a vir reconhecer as fragilidades dos miraculosos
remédios de que convictamente defenderam prescrição e das inabaláveis metas que
juraram alcançáveis.
O
primeiro-ministro, esse, veio esta semana declarar que o Governo se baseia na
realidade. Ora, e de facto, esta já só engana os ignorantes, os incautos, os
condicionados, os vaidosos ou os titulares dos diferentes arranjos e combinações
possíveis das atrás mencionadas qualidades.
É que aqui na
minha rua já toda a gente tinha percebido que cortes em cima de cortes geram
menores rendimentos, que estes geram menor despesa, que esta gera menor
produção, que esta gera menor emprego, que tudo isto gera menores receitas fiscais
e maiores despesas sociais. E que tal uma mesa-redonda com o homem da
mercearia, a senhora do café, a menina da tabacaria e o rapaz das recolhas?
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