Quem não se recorda da chamada “barreira psicológica” dos 7%? Foi, salvo erro em entrevista ao Expresso de 9 de outubro de 2010, que o então ministro português das Finanças lançou a ideia no espaço público ao declarar que "com taxas de juro que se aproximem dos sete por cento entramos num terreno onde essa alternativa [o recurso a assistência externa, ou ao Fundo Monetário Internacional como ainda por cá dizíamos à época] começa a colocar-se".
Pois o juro das
obrigações espanholas a dez anos atingiu hoje o valor máximo da era do Euro, ultrapassando
essa tal barreira; enquanto o prémio de risco chegava também a um valor recorde
ao exceder os 550 pontos básicos de diferencial em relação ao juro das
obrigações alemãs – o historial de duas décadas deste indicador, da autoria do “El
País”, está reproduzido acima e evidencia claramente o impensável alcance do
presente descaminho.
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