Por esta hora, o ambiente da cimeira em Bruxelas terá já
recuperado a energia da negociação, depois de no plano desportivo Mario Monti
ter ganho algum ânimo na difícil defesa de posições amplamente divulgadas pela
imprensa ao longo da semana.
Regressando às metáforas desportivas a inteligência tática
(mesclada com a loucura incontrolável de um Balotelli puramente letal) venceu
uma vez mais a força dos jovens panzers, onde também se divisa a pura classe de
Ozil e Khedira (repararam na espantosa energia física destes dois atletas após
uma impiedosa época no Real Madrid?).
A minha ligação com o futebol é muito analítica, não
deixando de sofrer como os outros. Frequento pouco os estádios. Mas a melhor
recordação que tenho é a de ver uma vez o Milão dos velhos tempos a defender
como um bloco, basculando para a direita e para a esquerda como uma orquestra
impenetrável. E esta Itália lembra-me essa imagem, sobretudo com a sabedoria de
Andrea Pirlo, um verdadeiro manual de inteligência na economia do esforço e na
procura dos espaços.
E lá temos o sul na final. Podíamos estar. Não estamos.
Mas está o sul. Indisciplinados, fiscalmente descontrolados, mas com duas seleções
com identidade que baste.
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