No post anterior, analisei a crónica
anunciada das eleições galegas e bascas. Há, no entanto, outros aspetos a reter
sobretudo nas eleições galegas. O triunfo do PP que teve como outra face a
profunda queda do PSOE galego precisa de ser ponderado face a outros elementos
de análise.
Talvez o mais importante seja a
expressão de um fenómeno (urbano) com o qual o PP continua a lidar mal. Assim,
nas seis principais cidades galegas, Vigo, Corunha, Ourense, Santiago, Ferrol e
Pontevedra o PP tem resultados bem mais abaixo do que os observados em toda a
Galiza. Nestas cidades, o conjunto dos partidos de esquerda, PSOE galego,
Aliança Galega de Esquerda e Bloco Nacionalista Galego supera com alguma distância
o PP. Mas, o que impressiona e que vem na linha do que dizíamos no último post,
a Aliança de Beiras e da Esquerda Unida fica perto do PSOE galego, com dinâmica
de ultrapassagem. A radicalização está na calha, neste caso com uma espécie de
Syriza nacionalista, protagonizado pela figura tutelar de Xosé Manuel Beiras.
As cidades galegas radicalizam-se,
sobretudo devido à vacuidade da presença do PSOE galego e com a dimensão
nacionalista a germinar.
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