terça-feira, 2 de outubro de 2012

UMA REFERÊNCIA QUE (NÃO) DESAPARECE


Morreu ontem em Londres o historiador Eric Hobsbawm, 95 anos. Não sendo eu mais do que um curioso na matéria, recordo que comecei por contactar com a sua obra principal – as quatro Eras, das Revoluções, do Capital, do Império e dos Extremos – em tempos interessantes que também por cá aconteceram. Já muito mais recentemente, e numa das minhas frequentes voltas pelas livrarias, deparei-me com a tradução das suas memórias (“Tempos Interessantes: Uma Vida no Século XX”) e foi com grande agrado (e umas poucas reticências) que as li nesse Verão.


Sabe-se que Hobsbawm escreveu até ao fim e que, pensando a crise de 2007/08 numa obra de 2011 (“How To Change the World”), viera reafirmar a sua convicção na pertinência do método marxista. Sem qualquer contradição, aliás, face ao que exemplarmente referira dez anos antes: “Fui um membro leal do Partido Comunista durante as duas décadas anteriores a 1956 e estive portanto calado a respeito de um certo número de coisas sobre as quais é sensato não ficar em silêncio”...

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