quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O GRITO DE ADRIANO


“A carga tributária está a ultrapassar a capacidade de fadiga tributária do povo português. E acho que isso é um limite muito sério – eu, da minha vida tão comprida, nunca vi o País nessa limitação da capacidade de suportar a carga tributária – e julgo que é inteiramente imprevisível o que se vai passar daqui para diante.
É preciso fazer um grande apego ao civismo, é preciso fazer um grande apelo à cooperação, à solidariedade, e sobretudo a que a Europa compreenda que, se o projeto europeu fracassar, a Europa deixa de ter voz no mundo. E este risco não é apenas para um país pequeno como o nosso, é um risco para toda a Europa. Se houver um líder europeu, independentemente da questão de género, que pense que pode assumir o diretório da Europa estará a conduzir o projeto europeu para a falência.”
 
Palavras pungentes do decano, e talvez o mais unânime, dos chamados senadores de Portugal. Mas há por aí alguém que ouça Adriano Moreira? Ou para que serve um senador? E que sociedade é esta, afinal?

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