Esta semana, o “Quadratura do Círculo” voltou aos seus melhores momentos. Para além duma tensa troca de galhardetes entre José Pacheco Pereira e António Lobo Xavier em torno da presente “questão angolana”, com António Costa a assobiar ostensivamente para o lado, aqueles dois opuseram-se frontal e quase agressivamente a pretexto da sexta avaliação da Troika. A dada altura, JPP optou por dar um exemplo: “Vamos admitir que a gente tem, não digo um carro de bois mas um carro grande com 500 pessoas em cima. E depois 10 milhões de pessoas a empurrar. E aquilo vai a chicote e vai a aguilhadas, vai de qualquer maneira. E o objetivo é este [1, imagem abaixo], mas o carro vai para aqui [2, imagem abaixo]. Mas como as pessoas se estão a esforçar muito, e os 500 de cima estão-se a esforçar muito também em bater nos de baixo, vale tudo, está tudo bem.”
JPP prosseguiu depois com a seguinte argumentação:
· Durante um ano o discurso formal, oficial, detalhado do Governo foi um único: estas são as nossas metas, temos que as cumprir.
· O desemprego, o consumo interno, a economia, o crescimento, falhou tudo. O Governo anunciou que, em 2012, iam haver os primeiros sinais de crescimento económico. Depois passou para 2013. Neste momento, está em 2014.
· Estou a falar para quem considera positivo que na avaliação da Troika se tenha substituído os objetivos nominais por objetivos virtuais. E que o que seria importante seria o esforço.
E foi um JPP muito assertivo que concluiu: “nós vamos sempre passar no exame até ao desastre final”…
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