O INE deu ontem a conhecer a ocorrência de uma travagem no
excecional comportamento positivo das exportações portuguesas, que se
verificava consecutivamente há quase três anos. A mesma terá tido uma especial
inicidência nos países fora da União Europeia e, dado o facto de 80% das
mercadorias dirigidas a tais destinos serem transportadas por via marítima, tal
contribuiu para reforçar algumas teses responsabilizadoras da greve em curso
nos portos nacionais.
E lá voltamos a ouvir manifestações de criticismo e indignação em
relação aos trabalhadores em greve, acompanhadas de desabafos mais ou menos alarmistas
e lancinantes misturados com reiterados apelos patrióticos. De serviço esteve,
desta vez, o caricatural presidente da AICEP com o sublinhado de que não podemos correr o risco de sermos nós próprios a desligar
a máquina a que estamos ligados.
Neste quadro, a “pergunta estúpida” anunciada em título
é, então, a seguinte: não terá aquele resultado alguma ligação com a forma
incompetente como a descapitalizada “firma Álvaro & Sérgio” tem vindo a
lidar com o setor dos transportes e, em particular, a não lidar com a reorganização
e gestão dos portos portugueses?
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