segunda-feira, 20 de abril de 2020

A GRANDE DEPRESSÃO


Ainda aqui não deixamos registada em toda a sua extensão a amplitude do sopapo que sofre atualmente, e de modo generalizado, a economia mundial. A forma mais objetiva de o fazermos, mesmo que ela própria imbuída da precariedade que decorre de estimativas em pleno tempo real das perturbações, tornou-se especialmente viável com a divulgação da revisão pelo FMI das suas projeções para a economia mundial e as suas grandes regiões e economias aplicadas ao corrente e ao próximo ano – e, como é sabido, indicando o “pior golpe” infringido na economia mundial desde os anos 30 do século passado, com o destino da maioria das principais economias a apontar para “virem a ficar, no mínimo, 5% mais pequenas, mesmo depois da retoma” (acima, a informação essencial tal como foi sinteticamente transmitida pelo FMI, por alguns meios internacionais de comunicação especializada e por dois jornais nacionais; abaixo, alguns elementos que permitem avaliar quão largamente as presentes previsões divergem das que aquela instituição internacional vinha adiantando antes da emergência do fenómeno pandémico). Aqui fica o registo, seja para estrita memória futura seja também para facilitar uma eventual revisitação que justificadamente tenhamos de fazer num futuro próximo em relação a esta matéria. E, já agora, incluo ainda, logo de seguida, a estimativa da quebra do PIB português no corrente ano: -8%, i.e., nada menos do que quase o dobro da verificada em plena crise das dívidas soberanas (-4,06% em 2012), embora com uma imediata possível recuperação em 2021 (5%). Mais palavras para quê?


Sem comentários:

Enviar um comentário