domingo, 5 de abril de 2020

EM BUSCA DE UM R0 BAIXO

(a partir de https://elpais.com)

Um dos conceitos que mais se nos tornou familiar na componente sanitária desta crise é o de “número básico de reprodução” do vírus, o chamado R0 (lê-se r-zero) que estima quantas pessoas pode um infetado contagiar. Um valor que é necessariamente variável entre regiões, muito em função das respetivas condições sanitárias e qualidade dos cuidados de saúde, e que no início da pandemia a OMS colocou num valor médio entre 1,4 e 2,5, existindo embora entidades que o estimam acima ou bem acima de 3. A luta por um R0 baixo, i.e. inferior a 1, é o foco mais relevante da atualidade dos portugueses, daí o confinamento social em que obedientemente se encontram.

Sei que não vos trouxe nada de novo nestas curtas linhas, assim como que é muito simplista ficarmo-nos por esse tal R0 para avaliarmos a evolução do quadro em que vivemos (como tantos, todos os dias, nos evidenciam nos media ou nas redes sociais através das suas mais ou menos fundadas análises e projeções). Não resisti, todavia, à criativamente pedagógica explicação gráfica do “El País” – bem como a juntar-lhe uma pequena homenagem ao traço com que Morten Morland nos vai brindando nas páginas do “The Times” –, sempre com o intuito de contribuir, dentro da minha curta margem de influência, no sentido de um mais veemente e esperançoso apelo a que continuemos calmos, cuidadosos, responsáveis e confiantes para que o dito R0 prossiga o caminho de comportamento descendente que paulatinamente tem vindo a registar.


(Morten Morland, http://www.thetimes.co.uk)

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