(James Ferguson, http://www.ft.com)
Hoje opto por regressar à arte e inspiração dos inúmeros cartunistas de indiscutível qualidade que grassam por esse mundo fora, uns divulgando o seu traço de modo mais institucionalizado em órgãos de comunicação social de referência nacional ou internacional e outros preferindo ou sendo relegados para outros locais e formas de trazer a público a sua criatividade.
Escolho um mais seis tópicos que têm de algum modo dominado o quotidiano dos cidadãos neste já longo período de confinamento: acima, e começando pelo fim, a esperança de uma luz no fundo do túnel ou, o que equivale, a procura de uma clareira no escuro do céu; abaixo, e sucessivamente, a perceção de uma curva e da necessidade de uma luta pelo seu achatamento, o custoso e forçado recolhimento, os dias todos iguais, as minimizadas e estranhas incursões no exterior, a incerteza e o pessimismo em relação ao termo da quarentena e a desconfiada crença numa cautelosa e etapista abertura que se vai anunciando experimental e tentativamente.
Que raio nos havia de acontecer, desabafam uns! Podia ser pior, ripostam outros! E só me refiro aos confinados normais, já que também houve os que viveram dramas pessoais e familiares ou os que estiveram na frente do combate ao vírus ou do serviço à comunidade. Quanto a mim, que de momento me incluo neste grupo mais alargado, fico-me pela reprodução, com a devida vénia ao autor (Fernando Sabino, um brasileiro que desconhecia) e a quem me enviou a peça (o meu amigo Alberto Castro), de um curto e apropriado poema:
De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre a começar...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
Portanto devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro.
(Dimitris Hantzopoulos, http://www.kathimerini.gr)
(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)
(José María Nieto, http://www.abc.es)
(Klaus Stuttman, http://www.tagesspiegel.de)
(Bernardo Erlich, http://www.clarin.com)
(Jean Plantu, http://lemonde.fr)
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