(Lo Cole, https://www.economist.com)
Luiz Henrique Mandetta, o ministro da Saúde demitido por Bolsonaro após o corajoso braço-de-ferro que travou com o seu presidente em torno dos tempos e dos modos de lidar com o coronavírus no Brasil, merece que daqui lhe dirijamos um aceno de simpatia e reconhecimento. Creio que, infelizmente, a evolução dos acontecimentos irá dar razão ao seu posicionamento, assim levando a que os seus compatriotas só possam estar-lhe agradecidos por ter contribuído para alimentar alguns focos de resistência em relação aos impulsos do “poderoso chefão” que se traduzirão em menos vidas perdidas. Sargento é sargento e a falta de mínimos em termos de cultura democrática é sempre uma manifesta e trágica aflição – e se o é invariavelmente, o facto é que chega a tornar-se um insuportável abuso em colossos de dimensão e desigualdade como aquele a que gostamos de chamar “país-irmão”.
Sem comentários:
Enviar um comentário